Férias são onde se pode e não onde se quer

" Há males que vêm por bem. "
Lá diz o velhinho ditado e, parece que coberto de razão, que nem sempre o que parece negativo o é em realidade. Não devendo afastar-me muito de casa por motivos pessoais, decidi passar férias por perto.
Aconteceu isso precisamente nestas últimas mini-férias que gozei no norte de Espanha, no litoral da Galiza.
Qual Algarve, qual sul de Espanha, qual local longínquo e paradisíaco...
Venga a Galicia será o meu lema enquanto me lembrar dessa belas , limpas, calmas, detentoras de bandeira azul e, além do mais, paradisíacas praias em que passei cinco relaxantes dias de muito mar, areias brancas, sol e nenhum vento.
Tão perto e tão longe de casa, com um linguarejar idêntico, uma moeda igual e paisagens, gentes e hábitos parecidos, temos o paraíso quase tropical ao virar da esquina e a preços bem acessíveis.
Encha-se de curiosidade e vá até lá passar um dia e quererá certamente ficar para um fim-de-semana. Vai ver que tenho razão e não exagero.
Ah, é verdade e o Zapatero não me está a pagar nada!...
Mas, se o Sócrates me pagar bem, até posso negar tudo e dizer mal de "nuestros hermanos"...

Morrer é partir...

Morrer é partir, mas é vazio para quem fica.
É isso que sinto hoje que vi pela última vez o meu PAI e que percebi a falta que vou sentir das suas palavras sábias, dos conselhos que me dava, da falta de jeito que tinha para mostrar o quanto me amava, das conversas que tivemos e das que nunca chegámos a entabular, das coisas que ainda tinha para lhe perguntar e, sobretudo, de nunca lhe ter dito que o amo e que me faz muita falta.
Por isso, tantas vezes segredo aos meus filhos que os amo, para não haver o ressentimento das palavras por dizer que agora sinto em relação ao meu pai.
É contigo e para ti que estou a falar meu pai e, fica a saber que ainda vais ter que aturar muitas das minhas tagarelices a interromper as tuas horas de eterna calma e reflexão.
Então, até um dia destes com mais conversas.